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16 conselhos de Sêneca sobre hábitos saudáveis

Jade Soller

Lucius Annaeus Sêneca, mais conhecido como Sêneca, nasceu em Córdoba (Espanha) em 4 a.C. e morreu em 65 d.C. Foi em Roma que recebeu primorosa educação, onde estudou oratória e filosofia.

Foi filósofo, escritor, advogado, orador, dramaturgo, estadista romano, conselheiro e o principal representante romano do Estoicismo. Era conhecido como Sêneca o Jovem, o Moço, o Filósofo.

O Estoicismo possui duas consequências éticas: uma é que a pessoa deve viver conforme a natureza, e a segunda é que um homem sábio torna-se livre e feliz quando não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas.

O novo Estoicismo se desenvolveu em Roma e está ligado a três grandes nomes: Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio. Pode ser encarado como um sistema para prosperar em ambientes de alto estresse e ensina a encarar a vida sob uma nova perspectiva. Em seu núcleo, a filosofia Estoica ensina como separar o que você pode controlar do que não pode e nos treina para concentrarmos exclusivamente no que está sob nosso controle.

A adoção do Estoicismo como filosofia de vida torna seus praticantes menos emocionalmente reativos, mais conscientes do presente e mais resilientes. A filosofia Estoica ensina a agir, e não a falar.

Nesse artigo você irá ler:

Um breve contexto das lições de Sêneca em suas cartas

Os 16 ensinamentos de Sêneca sobre alimentação:

  1. Cuide do seu corpo. Sua vida depende ele.
  2. Uma mente sã depende de um corpo saudável.
  3. Não exagere. Contente-se com pouco.
  4. Não sobrecarregue o corpo com excesso de comida.
  5. Não deixe a fome lhe controlar.
  6. Não coma mais do que precisa apenas porque você pode.
  7. Afaste-se de pessoas que lhe contaminam com vícios.
  8. Evite luxos. Prefira uma vida simples.
  9. A fome pode ser sanada de forma fácil e com baixo custo.
  10. A prática de se contentar com pouco lhe faz apreciar o que você tem.
  11. O prazer resultante dos seus exageros causa infelicidade.
  12. Não se alimente com o intuito de resolver suas inquietudes e angústias.
  13. Se você desejar sempre mais, nem todos alimentos do mundo irão lhe saciar.
  14. Não espere que será fácil mudar seus hábitos.
  15. Pratique o jejum e contente-se com uma alimentação mais escassa.
  16. Não é necessário se abster completamente do prazer. Apenas não se apegue demais a ele.

Como colocar as lições de Sêneca em prática

Um breve contexto das lições de Sêneca em suas cartas

As 124 cartas de Sêneca que foram escritas para seu amigo Lucílio (“Cartas morais a Lucílio”) podem ser interpretadas como um guia prático para frugalidade e como contentar-se com o suficiente.

Elas foram escritas durante os últimos anos de sua vida, depois que Sêneca já havia se retirado da vida pública, e são uma de suas obras mais conhecidas.

As cartas procuravam dissuadir Lucílio sua formação inicial na escola epicurista (sistema filosófico que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade), e encorajá-lo nos preceitos do Estoicismo.

A obra “Cartas a Lucílio” mostra Sêneca na plena posse dos seus recursos como pensador inserido na corrente Estoica. Elas oferecem algo além da filosofia: você terá vislumbres ocasionais da vida privada de Sêneca, bem como da vida em Roma no auge do poder imperial, ou seja, um ótimo bônus além do conhecimento filosófico!

A importância das Cartas deriva do fato de se situarem cronologicamente entre as produções da última fase da vida do autor e refletirem a forma mais amadurecida do seu pensamento. Elas contém uma soma de reflexões sobre uma enorme variedade de questões éticas, análises de situações concretas e apreciações sobre a natureza e o comportamento humano.

Como veremos adiante, Sêneca estava ciente da importância e atemporalidade de suas lições:

“Estou trabalhando para gerações posteriores, escrevendo algumas ideias que podem ser de ajuda para eles. Há certos conselhos sadios, que podem ser comparados às prescrições de remédios; estes eu estou pondo por escrito.”

— Sêneca, Carta 8

Os 16 ensinamentos de Sêneca sobre alimentação

Os ensinamentos compilados a seguir procuram mostrar o modo como o Estoicismo encarou a alimentação e traz os principais conselhos de Sêneca sobre o tema. Certamente existem muito mais que 16, mas estes resumem bem as principais lições.

Os Estoicos propunham sobretudo uma vida marcada pela moderação. Diziam:

“Nada é suficiente para quem muito é pouco.”

Sêneca sugeriu que a vontade deve ser guiada exclusivamente pela razão, a fim de que haja uma plena adequação do homem à sua natureza. Propunha o desenvolvimento do autocontrole, pois considerava que um ser humano que vive em função da razão é mais feliz.

É evidente que o bem-estar Estoico não se traduz em uma vida de prazeres, mas de abstenções. 

É mais benéfico um estado de alma tranquilo do que deleitar em prazeres mundanos? Sêneca pensava que sim, afirmando que as emoções inerentes à satisfação dos prazeres mundanos não impedem o desespero humano e a infelicidade.

Apesar de nunca ter passado por necessidades básicas como fome, por exemplo, e de ter possuído, devido a robustez financeira de sua família, muito dinheiro, Sêneca gostava de enfatizar seu discurso que valoriza a simplicidade das coisas.

Sêneca vivia modestamente: bebia apenas água, comia pouco e dormia sobre um colchão duro. Não que devêssemos copiar na íntegra seu modo de viver, porém convém refletirmos sobre seus ensinamentos e nossas práticas atuais, onde evidentemente a grande maioria das pessoas vive uma relação um tanto quanto conturbada com a comida, bebida e por consequência com a saúde.

1. Cuide do seu corpo. Sua vida você depende dele.

“Devemos nos conduzir não como se devêssemos viver para o corpo, mas como se não pudéssemos viver sem ele.”

— Sêneca, Carta 14.2

2. Uma mente sã depende de um corpo saudável.

“O sábio, que procura sabedoria, está intimamente ligado ao seu corpo”

— Sêneca, Carta 65.18

3. Não exagere. Contente-se com pouco.

Logo na 2º carta, Sêneca já traz uma reflexão interessante sobre a alimentação: 

“Eu lhe digo que é o sinal de gula brincar com muitos pratos; pois quando são múltiplos e variados, eles enfastiam, mas não alimentam.”

— Sêneca, Carta 2.4

De fato, de quanta comida e variedade precisamos em uma única refeição para nos alimentarmos? Se o objetivo fosse unicamente dissipar a fome real, nos contentaríamos com pouco.

Na 8º carta, Sêneca define uma regra complementar para uma vida sadia e saudável: 

“Apegue-se, pois, a esta regra sadia e saudável da vida – que você satisfaça seu corpo apenas na medida em que for necessário para a boa saúde. O corpo deve ser tratado mais rigorosamente, para que não seja desobediente à mente. Coma apenas para aliviar a sua fome, beba apenas para saciar a sua sede, vista-se apenas para manter fora o frio, abrigue-se apenas como uma proteção contra o desconforto pessoal.”

— Sêneca, Carta 8.5

O conselho precisa ganhar forças nos dias de hoje, para que as pessoas comam apenas quando estão com fome, bebam água para matar a sede e procurem alimentos que de fato vão nutrir o corpo. O objetivo da comida é justamente o de fornecer nutrição e não entretenimento.

4. Não sobrecarregue o corpo com excesso de comida.

“Além disso, ao sobrecarregar o corpo com comida você estrangula a alma e a torna menos ativa. Assim, limite o corpo, tanto quanto possível, e permita total liberdade ao espírito.”

— Sêneca, Carta 15.2

Apesar de escrita séculos atrás, a reflexão é muito atual. Partindo de uma alimentação com baixa densidade nutricional, as pessoas sentem necessidade de se alimentarem o tempo todo, sobrecarregando o corpo com o excesso de comida que sequer cumpre o papel de fornecer nutrição. Comida que não nutre o corpo certamente nutre a doença!

5. Não deixe a fome lhe controlar.

Mesmo tendo sido chamado pela fome, Sêneca não deixava de absorver a leitura do livro que estava lendo:

“A luz do sol me chamou, a fome deu sinal, e as nuvens baixaram; mas absorvi o livro do começo ao fim.” 

— Sêneca, Carta 46.1

6. Não coma mais do que precisa apenas porque você pode.

Já na carta seguinte, a de número 47, Sêneca retrata o que ocorre quando alguém come mais do que deveria simplesmente pelo fato de poder assim fazê-lo em virtude de uma situação financeira privilegiada. 

“O mestre come mais do que ele pode, e com monstruosa ganância carrega seu ventre até este ser esticado e por fim impossibilitado de fazer o trabalho de um ventre, de modo que logo estará em dores para vomitar toda a comida que deveria alimentá-lo.”

— Sêneca, Carta 47.2

Sêneca também nos adverte sobre a necessidade de prestarmos especial atenção para as nossas companhias e locais que frequentamos. Nem todos possuem a capacidade de ficarem diante dos vícios e ainda assim permanecerem abstêmios. Portanto, não se cercar de pessoas com vícios torna a tarefa mais simples.

7. Afaste-se de pessoas que lhe contaminam com vícios.

“Devemos selecionar moradias que são saudáveis não só para o corpo, mas também para o caráter. (…) Testemunhar pessoas vagando bêbadas ao longo da praia, as turbulentas festas, os lagos com música barulhentas e todas as outras formas em que o luxo, quando, por assim dizer, é libertado das restrições da lei não meramente peca, mas ostenta seus pecados publicamente, – por que devo testemunhar tudo isso?”

— Sêneca, Carta 50.4

No trecho seguinte:

“Devemos cuidar para que fujamos para a maior distância possível das provocações ao vício. Devemos endurecer nossas mentes e removê-las das seduções do prazer.” 

— Sêneca, Carta 50.5

8. Evite luxos. Prefira uma vida simples.

Na carta 5, Sêneca explica o significado do lema Estoico: “Viva de acordo com a Natureza” ao recomendar um estilo de vida comedido, evitando avareza e luxos extremos. 

“Assim como é um sinal de luxo procurar finas iguarias, é loucura evitar o que é habitual e pode ser comprado a preço razoável. Filosofia exige vida simples, mas não de penitência; e podemos perfeitamente ser simples e asseados ao mesmo tempo.”

— Sêneca, Carta 5.5

9. A fome pode ser sanada de forma fácil e com baixo custo.

Na carta 17, Sêneca volta a falar sobre a fome, mencionando o quão facilmente ela pode ser saciada e com baixo custo.

“É fácil preencher poucos estômagos, quando eles são bem treinados e anseiam nada mais, a não ser serem preenchidos. A fome custa pouco.”

— Sêneca, Carta 17.4

Na carta 21, Sêneca aconselha o amigo novamente de que ele não necessita de luxos ou excesso de alimentos que podem ser obtidos quando a pessoa está diante de uma situação financeira favorável.

“A barriga não ouve conselhos; faz exigências, importuna. E mesmo assim, não é uma credora problemática; você pode despacha-la a pequeno custo, desde que somente você lhe de o que você deve, não meramente tudo que você poderia dar.”

— Sêneca, Carta 21.11

10. A prática de se contentar com pouco lhe faz apreciar o que você tem.

Sêneca começa sua 20º carta pedindo para Lucílio provar suas palavras por meio de suas ações. É um lembrete gritante de que o Estoicismo é uma filosofia prática, destinada a ser implantada diariamente durante a vida.

Por que as pessoas se comportam de maneira incoerente? Segundo Sêneca, esse é o resultado de 2 problemas:

  1. O primeiro é que muitas pessoas simplesmente não se incomodam com as inconsistências entre suas ações e suas palavras, ou seja, não levam a sério a busca pela virtude. 
  2. A segunda é que, mesmo que algumas pessoas estejam incomodadas, elas facilmente retornam a velhos hábitos, por falta de sabedoria e insistência em sua busca.

Em seguida, Sêneca sugere o exercício de privação moderada como forma de fortalecimento da mente e do corpo e contentamento com o pouco que é suficiente: 

“Considero, portanto, essencial fazer o que os grandes homens fazem com frequência: reservar alguns dias para nos prepararmos para a pobreza real por meio da pobreza imaginada (…). Nenhum homem nasce rico. Todo homem, quando vê pela primeira vez a luz, é condenado a se contentar com leite e trapos.”

— Sêneca, Carta 20.13

A prática a que Sêneca se refere pode ser a de tomar um banho gelado, para lembrar de como é bom poder tomar um banho quente; um dia ou mais de jejum, para aproveitar melhor a próxima refeição; uma semana ou mais sem comprar nada além de comida; contentar-se com pouca variedade de comida ou até mesmo dormir no chão.

11. O prazer resultante dos seus exageros causa infelicidade.

Adiante, na carta 24, Sêneca fala do quanto os banquetes são prejudiciais ao corpo:

“Nossos próprios prazeres tornam-se tormentos; banquetes trazem indigestão.”

— Sêneca, Carta 24.16

12. Não se alimente com o intuito de resolver suas inquietudes e angústias.

Ainda sobre os vícios, na carta 59, Sêneca pondera que: 

“Nós, seres humanos, somos agrilhoados e enfraquecidos por muitos vícios; nós temos chafurdado neles há muito tempo e é difícil para nós sermos purificados. Não estamos apenas contaminados; nós somos tingidos por eles.”

— Sêneca, Carta 59.9

Fica assim evidente não apenas a preocupação do filósofo com os vícios que o tempo todo nos rodeiam e instigam, mas também com a dificuldade que reside na tentativa de nos desvincularmos de vícios que foram adquiridos com o passar dos anos.

Em outro trecho da mesma carta, Sêneca expressa que muitos são os que procuram a felicidade nos banquetes e na embriaguez, na esperança de que a comida ou bebida sejam formas de preencher vazios existenciais, inquietações, angústias, medos e etc.

“Todos os homens desta estampa, eu sustento, estão focados na busca da alegria, mas eles não sabem onde podem obter uma alegria que é grande e duradoura. Uma pessoa procura-a no banquete e na autoindulgência; (…) todos esses homens são desviados por delícias que são enganosas e de vida curta – como a embriaguez, por exemplo, que paga por uma única hora de loucura hilariante via doença de muitos dias, ou como aplausos e a popularidade da aprovação entusiástica que são obtidos, e expiados, à custa de grande inquietação mental.”

— Sêneca, Carta 59.15

13. Se você sempre quiser mais, nem todos alimentos do mundo irão lhe saciar.

A carta 60 traz uma reflexão que deve ser lida e relida até o momento em que fique gravada em nossa mente. Sêneca adverte que o problema não está em nosso ser, na medida em que tal como os demais animais, poderíamos nos alimentar apenas de modo a saciar nossa fome real. Contudo, por andarmos desconectados com o nosso instinto e por querermos sempre mais, nem todos os alimentos do mundo são capazes de nos saciar.

“O que, então? Será que a natureza nos deu barrigas tão insaciáveis, quando nos deu esses corpos insignificantes, que devemos superar os animais mais vorazes em ganância? De modo nenhum. Quão pequena é a quantidade que vai satisfazer a natureza? Um pouco vai mandá-la embora satisfeita. Não é a fome natural de nossas barrigas que nos custa caro, mas nossos desejos vorazes.”

— Sêneca, Carta 60.3

14. Não espere que será fácil mudar seus hábitos.

Na carta 41 Sêneca volta a falar sobre o lema Estoico de “Viver de acordo com a natureza”. Contudo, informa ao amigo a dificuldade de se viver tal lema, na medida em que os homens foram atingidos pelos vícios uns dos outros.

“Viver de acordo com sua própria natureza. Mas isso é transformado em uma tarefa difícil pela loucura geral da humanidade; nós impulsionamos um ao outro ao vício.”

— Sêneca, Carta 41.9

Sêneca sempre alertava que a alimentação servia como nutrição ao corpo, mas que a mente igualmente deveria ser nutrida por meio da leitura e do estudo da filosofia.

15. Pratique o jejum e contente-se com uma alimentação mais escassa.

Na mesma carta, Sêneca prega a prática do jejum, sugerindo que o amigo deixe de se alimentar por alguns dias:

“Resistir a tudo isso por três ou quatro dias por vez, às vezes por mais, para que possa ser um teste de si mesmo em vez de um mero passatempo. Então, asseguro-lhe, meu querido Lucílio, que saltará de alegria quando obtiver um centavo de comida (…)” 

— Sêneca, Carta 18.7

Contudo, adverte Lucílio no trecho seguinte, para que não pense que está fazendo “grande coisa”. Ou seja, não cometa o erro de se exibir pela prática do jejum, dado que ele apenas estaria fazendo o que já fazem muitos outros que conhecem a pobreza involuntária.

“Não há nenhuma razão, entretanto, para que você deva pensar que você está fazendo qualquer coisa grande; porque você estará apenas fazendo o que muitos milhares de escravos e muitos milhares de pobres estão fazendo todos os dias.”

— Sêneca, Carta 18.8

Em seguida, Sêneca sugere que Lucílio separe alguns dias para ficar em casa e contentar-se com uma alimentação mais escassa: 

“Comece então, meu caro Lucílio, siga o costume destes homens, e separe determinados dias em que você se retirará de seus negócios e ficará em casa com a alimentação da mais escassa. Estabeleça relações diplomáticas com a pobreza.”

— Sêneca, Carta 18.12

16. Não é necessário se abster completamente do prazer. Apenas não se apegue demais a ele.

A carta 18 é uma de minhas cartas prediletas, onde Sêneca dá o conselho de não se abster de se divertir, mas simplesmente não exagerar:

“Mostra-se muito mais coragem permanecendo abstêmio e sóbrio quando a multidão está bêbada e vomitando; mas mostra maior autocontrole recusar-se a se afastar e fazer o que a multidão faz, mas de uma maneira diferente, portanto, não se tornando conspícuo nem se tornando um dentre as multidões. Pois pode-se guardar os festivais sem extravagância.”

— Sêneca, Carta 18.4

Claro que queremos nos divertir e compartilhar um momento agradável da vida com nossa família e amigos. Mas nós temos que ficar bêbados ou doentes por comer demais para fazer isso?

Como colocar as lições de Sêneca em prática

Após a leitura dos ensinamentos do Sêneca, reflita sobre o que leu e sobre a necessidade de colocar em prática os ensinamentos a fim de atingir uma vida melhor, mais saudável, vivendo de acordo com a natureza.

“Viver de acordo com a natureza” é um princípio fundamental do Estoicismo e significa a habilidade de se comportar de forma racional como um ser humano, ao invés de aleatoriamente (ou por paixão e desejos) como uma fera. Em outras palavras, os filósofos Estoicos sugerem que sempre devemos aplicar a razão em todas as nossas ações.

Então como podemos fazer? 

Simples

  1. comendo o que a natureza nos dá, o mais natural e da época possível e com os alimentos de cada estação; 
  2. evitando comida que não oferece nenhuma nutrição ao corpo; 
  3. praticando atividades físicas, já que o nosso corpo não foi projetado para o ócio; 
  4. dormindo quando chega a noite e não de madrugada; 
  5. respeitando o frio e o calor a cada estação do ano e não fugindo deles como se vivêssemos num só clima o ano inteiro, 
  6. nos alimentando e jejuando, em um equilíbrio entre o físico e o psicológico, cuidando sempre do corpo e da mente de igual modo.

Por fim, faça de Sêneca parte da sua rotina diária. Reserve alguns minutos por dia e leia uma carta. Seja no café pela manhã, antes de dormir, ou em algum lugar intermediário. Tente digerir uma carta diariamente. Recomendo a leitura desta edição.

Proponho que tente descobrir e praticar os ensinamentos de Sêneca, vivendo de acordo com a Natureza.

Somos parte dela, e somente faz sentido viver consoante as suas regras.

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